2 de Julho de 2022
- 1º Grau
Acesse: https://www.jusbrasil.com.br/cadastro
TRT4 • ATOrd • Reconhecimento de Relação de Emprego • 000XXXX-83.2013.5.04.0003 • 3ª VARA DO TRABALHO DE PORTO ALEGRE do Tribunal Regional do Trabalho da 4ª Região - Inteiro Teor
Detalhes da Jurisprudência
Processo
Órgão Julgador
Assuntos
Partes
Acesse: https://www.jusbrasil.com.br/cadastro
Poder Judiciário
Justiça do Trabalho
Tribunal Regional do Trabalho da 4a Região
Ação Trabalhista - Rito Ordinário
0000428-83.2013.5.04.0003
Processo Judicial Eletrônico
Data da Autuação: 05/04/2013
Valor da causa: R$ 28.000,00
Partes:
RECLAMANTE: Gian Frank O'Connor Beteta
ADVOGADO: LEANDRO ROSA ROHDE
RECLAMADO: FELIPE MAGALHAES GUSMAO - EPP
ADVOGADO: BRUNO SILVA DE OLIVEIRA
ADVOGADO: RAFAEL SPEROTTO
RECLAMADO: FELIPE MAGALHAES GUSMAO
ADVOGADO: BRUNO SILVA DE OLIVEIRA
ADVOGADO: RAFAEL SPEROTTO
PAGINA_CAPA_PROCESSO_PJE
RÉU: FELIPE MAGALHAES GUSMAO - EPP, FELIPE MAGALHAES
GUSMAO
Após análise dos autos, foi prolatada a seguinte SENTENÇA de EMBARGOS À PENHORA, em Secretaria, no dia 01-10-2019.
I - RELATÓRIO:
Felipe Magalhães Gusmão, já qualificado, opõe embargos à penhora (ID b3161c1), insurgindo-se contra a penhora dos imóveis realizadas nos autos (apartamento e box de garagem), sustentando que se tratam de bem de família.
Notificada, a parte contrária se manifesta (ID.3f3eb88).
É o breve relatório.
II - FUNDAMENTAÇÃO:
1. JUÍZO DE ADMISSIBILIDADE :
Tempestivos os embargos à execução, nos termos do art. 884 da CLT. Passo à sua apreciação.
2. MÉRITO:
O embargante alega a impenhorabilidade do imóvel de matrícula 152.544 junto ao registro de imóveis da 4a Zona de Porto Alegre (box de estacionamento 184), bem como o imóvel de matrícula 161.324 (apartamento 1405 do empreendimento Gran Vita Clube Residencial), por se tratar de bem de família.
Pois bem. Nesse sentido, sabe-se que tal qualidade é atribuída a um único imóvel utilizado pela entidade familiar para moradia permanente, nos termos da Lei nº 8.009/90. Ocorre que o embargante se limita a apresentar documentos que demonstram se tratar de imóvel de sua propriedade, mas que sequer demonstram que reside no local, uma vez que se tratam de docs de condomínio e gás. Não acosta sequer conta de luz ou telefone em seu nome, a fim de demonstrar não a propriedade do bem, mas que este constitui seu domicílio e residência. As últimas cinco declarações de imposto de renda do embargante não trazem sequer informações sobre o bem constrito e que inequivocamente pertence ao embargante, gerando presunção de inveracidade das declarações feitas pelo embargante à Receita Federal.
No mais, o embargante não sugere outro bem em substituição.
Fls.: 3
Logo, não tendo o embargante apresentado provas capazes de lastrear sua pretensão, ônus que lhe cabia, impõe-se a rejeição dos presentes embargos e, por conseguinte, a manutenção da penhora sobre os bens descritos nas matrículas nº matrícula 152.544 junto ao registro de imóveis da 4a Zona de Porto Alegre (box de estacionamento 184), bem como o imóvel de matrícula 161.324 (apartamento 1405 do empreendimento Gran Vita Clube Residencial).
III - CONCLUSÃO
Ante o exposto, DECIDO: conhecer dos EMBARGOS À PENHORA opostos por Felipe Magalhães Gusmão e, no mérito, REJEITÁ-LOS. Custas pela parte executada, no importe de R$ 44,26, nos termos do art. 789-A, V, da CLT. Intimem-se. Nada mais.
PORTO ALEGRE, 1 de Outubro de 2019
CLAUDIA ELISANDRA DE FREITAS CARPENEDO
Juiz do Trabalho Substituto